Parte expressiva do noticiário desta semana teve como tema os dez anos do atentado ao World Trade Center (as Torres Gêmeas) em Nova Iorque, ocorrido no dia 11 de setembro de 2001.
Em muitas matérias, a indagação:
"Você lembra o que estava fazendo naquele dia, ou naquela hora?"
"Você lembra o que estava fazendo naquele dia, ou naquela hora?"
Não precisei fazer muito esforço porque o fato está ainda bem vivo em minha memória, assim como, acredito, na memória da maioria das pessoas de nosso tempo, por tudo quanto representou e suas consequencias até os dias atuais.
As cenas de terror marcaram-me, de maneira especial, porque apenas três anos antes (1998) eu estivera em Nova Iorque participando de uma missão de estudos e, junto com o grupo de colegas, visitara um dos símbolos mais expressivos daquela metrópole, as Torres Gêmeas.
Mas, retornando à indagação, onde eu estava naquele fatídico 11 de setembro?
Encontrava-me em viagem de Porto Alegre para São Borja, onde iria ministrar um curso. Viagem de ônibus, com tempo aproximado de 8 horas. Numa breve parada na estação rodoviária de Santa Maria, lembro de que desci do ônibus para apanhar uma água em uma lancheria. Na rápida estada, vi as cenas do avião se chocando contra uma das torres. Pensei tratar-se de um filme, desses do tipo apocalipse, muito ao gosto do cinema norte-americano. Segui viagem...
Próximo do acesso a São Pedro do Sul, uma parada para almoço, quando então assisti ao noticiário na TV, ainda sem maiores esclarecimentos, logo seguindo para São Borja, onde passei o restante da semana.
Aquela foi uma semana atípica. Aulas à noite, para um grupo inquieto, onde o principal assunto era o atentado e os desdobramentos das informações que surgiam a cada momento... Durante os dias, leitura de jornais e olhos colados na TV. Aqueles longos dias em São Borja foram tomados por um misto de angústia e incerteza em relação ao futuro. A distância da família, exatamente naquele conturbado momento, tornava o quarto de hotel mais gelado e solitário.
Para amenizar este quadro, procurei aproveitar parte dos dias para visitas aos tumulos dos ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart, bem como à casa onde residiu Getúlio, hoje transformada em museu. No cemitério, despertou-me a atenção também o túmulo de Gregório Fortunato, localizado não muito distante do local do jazigo de Getúlio.
Enfim, passados 10 anos, percebo que parte de minhas angústias e incertezas daquele momento não tinham tanta razão de ser ou, quem sabe, ainda terão?
Estas são as minhas memórias do 11 de setembro e de como a cosmopolita Nova Iorque e a histórica São Borja se cruzam em minhas andanças e vivências.
Estas são as minhas memórias do 11 de setembro e de como a cosmopolita Nova Iorque e a histórica São Borja se cruzam em minhas andanças e vivências.
Não sei se algum dia voltarei à Nova Iorque, mas certamente em data breve retornarei a São Borja, junto com minha esposa e filhos, para tranquilamente visitar a "Cidade dos Presidentes", contemplar a beleza do Rio Uruguai, reviver um pouco da história e reverenciar a memória de Getúlio Vargas, João Goulart e, agora, de Leonel Brizola, figuras da maior expressão na história de nosso país.
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Nota: hoje nova postagem no texto "Notificação à Diretoria do Clube do Livro"
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