OS
TRÊS “SUPER ELEITORES” DAS PRÓXIMAS
ELEIÇÕES
MUNICIPAIS EM SANTANA DA BOA VISTA
Em
postagens anteriores, sob o título acima, fiz comentários sobre as próximas
eleições municipais em Santana da Boa Vista, minha aldeia natal, afirmando que
apontaria os nomes daqueles que, em minha análise, são os 3 “super eleitores”
das eleições vindouras. Assim definidos “super eleitores” devido ao potencial prestígio
político no momento e influência daí decorrente no resultado das próximas
eleições, por meio de candidaturas próprias ou em apoios e alianças.
A
apresentação é feita seguindo a ordem de antiguidade na vida política,
iniciando pelo ex-prefeito que cumpriu dois mandatos, iniciando na vida
política como vereador; seguindo pelo atual prefeito do Município, também
iniciando com mandatos no Legislativo Municipal; e concluindo a análise com o
atual deputado estadual com residência e domicílio eleitoral no município.
O
EX-PREFEITO MUNICIPAL cumpriu dois mandatos, de 1997 a 2004, e elegeu a então
esposa, a qual também cumpriu dois mandatos, de 2009 a 2016. Nas últimas 6
eleições locais, juntamente com a esposa, venceram 4 eleições. É o que se
denomina “capital político”. Independente de sua condição de elegibilidade, ou
de candidatura própria, é seguramente um dos três nomes com maior influência
política no município.
Pessoalmente,
com o cuidado devido ao fazer comentário sobre um desafeto político (fato
público na cidade), mesmo reconhecendo o prestígio e influência política do
ex-prefeito, vejo-o como representante de um ciclo encerrado, o ciclo dos moços
de minha geração, aqueles que ao início da década de 90 encerraram o ciclo
anterior, sob domínio da ARENA/PDS, vencendo a eleição de 1992. Líder
autocrático, não vejo sucessores em seu PTB com potencial de renovação.
O
ATUAL PREFEITO, Ito Freitas, cumprindo seu primeiro mandato, agrega a
experiência anterior na Câmara Municipal, é produtor rural e bem integrado à
comunidade. Recebeu a Prefeitura Municipal numa situação de descrédito da
administração anterior (comprovado pelo péssimo desempenho eleitoral do então
candidato da situação). Além disto, sua gestão enfrenta a pior crise econômica
do país desde a instalação do município.
Independente
de eventual desgaste de seu partido (PT) e do também eventual prejuízo
eleitoral decorrente da ruptura da aliança com o partido de seu vice (MDB), o
atual prefeito tem em seu favor uma carreira política isenta de qualquer mácula
(é “ficha limpa”). Numa eventual candidatura à reeleição, os desgastes naturais
da gestão podem ser compensados com as realizações e conquistas alcançadas,
apesar da “herança” recebida e do cenário econômico adverso.
O
DEPUTADO LUIZ MARENCO, cumprindo seu primeiro mandato na Assembleia
Legislativa, tem sua residência e domicílio eleitoral no município. É um dos 3
“super eleitores” apontados, devido exatamente à condição política conferida
pelo mandato parlamentar. Seu partido, o PDT, apesar de reorganizado agregando
algumas antigas lideranças dessa legenda, nunca teve desempenho eleitoral
expressivo no município.
O
deputado, renomado artista gaúcho, tem marcado positivamente o início de sua
atuação parlamentar. A incógnita a decifrar é se está disposto a se envolver na
política local do município. Também, não se tem conhecimento de nomes
expressivos na legenda para disputa ao executivo. Contudo, o prestígio e
eventual engajamento pessoal, se emprestado a determinada candidatura ou
aliança certamente poderá ter forte influência nos rumos da próxima eleição.
Concluindo,
julgo oportuno registrar, reportando-me ao comentário anterior, quando falei
sobre a situação dos principais partidos do município, o papel de coadjuvantes
dos dois partidos mais antigos e tradicionais do município, o PP e o MDB, a tal
ponto que os 3 eleitores mais influentes, acima apontados, não integram essas
legendas.
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Numa
próxima postagem, concluindo esta série sobre a política santanense, falarei
sobre rupturas, separações e reconciliações e... como num bom folhetim, em
traições.